{"id":5576,"date":"2018-08-31T00:12:22","date_gmt":"2018-08-31T03:12:22","guid":{"rendered":"https:\/\/www.mensagensbonitas.com.br\/2018\/08\/31\/a-minha-felicidade-nao-e-sua\/"},"modified":"2022-08-19T05:04:42","modified_gmt":"2022-08-19T08:04:42","slug":"a-minha-felicidade-nao-e-sua","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.mensagensbonitas.com.br\/a-minha-felicidade-nao-e-sua.html","title":{"rendered":"A minha felicidade n\u00e3o \u00e9 sua…"},"content":{"rendered":"
Temos a pretens\u00e3o de decretar quem \u00e9 feliz ou infeliz de acordo com nossa \u00f3tica particular, como se felicidade fosse algo que pudesse ser visualizado. Somos apresentados a algu\u00e9m com olheiras profundas e imediatamente passamos a lamentar suas prov\u00e1veis noites insones causadas por problemas tortuosos. Ou algu\u00e9m faz uma queixa infantil da esposa e rapidamente decretamos que \u00e9 um fracassado no amor, que seu casamento deve ser um inferno, pobre sujeito. \u00c9 nessas horas que junto as pontas dos cinco dedos da m\u00e3o e sacudo-a no ar, feito uma italiana indignada: mas que sabemos n\u00f3s da vida dos ouitros, catzo?<\/em> Temos a pretens\u00e3o de decretar quem \u00e9 feliz ou infeliz de acordo com nossa \u00f3tica particular, como se felicidade fosse algo que pudesse ser visualizado. Somos apresentados a algu\u00e9m com olheiras profundas e imediatamente passamos a lamentar suas prov\u00e1veis noites insones causadas por problemas tortuosos. Ou algu\u00e9m faz uma queixa infantil da esposa e rapidamente […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"footnotes":""},"categories":[1368],"tags":[],"yst_prominent_words":[2083,2103,2156,2522,2372,1969,1929],"acf":[],"yoast_head":"\n
\nNossos momentos felizes se d\u00e3o, quase todos, na intimidade, quando ningu\u00e9m est\u00e1 nos vendo. O barulho da chave da porta, de madrugada, trazendo um adolescente de volta pra casa. O c\u00e1lice de vinho oferecido por uma amiga com quem acabamos de fazer as pazes. Sentar no cinema, sozinha, para assistir o filme t\u00e3o esperado. Depois de anos com o cora\u00e7\u00e3o em marcha lenta, rever um ex-amor e descobrir que ainda \u00e9 capaz de sentir palpita\u00e7\u00f5es. Os acordos secretos que temos com filhos, netos, amigos. A emo\u00e7\u00e3o provocada por uma frase de um livro. A felicidade de uma cura. E a infelicidade aceita como parte do jogo – ningu\u00e9m \u00e9 t\u00e3o feliz quanto aquele que lida bem com suas precariedades.<\/em>
\nO que sei eu sobre aquele que parece radiante e aquela outra que parece \u00e0 beira do suic\u00eddio? Eles podem parecer o que for e eu seguirei sem saber de nada, sem saber de onde eles extraem prazer e dor, como administram seus azedumes e seus \u00eaxtases, e muito menos por quanto anda a cota\u00e7\u00e3o de felicidade em suas vidas. Costumamos julgar roupas, comportamento, car\u00e1ter – ju\u00edzes indefect\u00edveis que somos da vida alheia-, mas \u00e9 um atrevimento nos outorgarmos o direito de reconhecer, apenas pelas apar\u00eancias, quem sofre e quem est\u00e1 em paz.<\/em>
\nMartha Medeiros – O Globo<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"