Pensamentos

Pensamentos

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.  Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante. (Martha Medeiros)

Desacelerar…

Cada um de nós mereceria ao menos uma reportagem para homenagear nossos dons mais secretos, aqueles que acontecem bem longe dos holofotes. O dom de viver sem aplauso e sem plateia. O glorioso e secreto dom de vencer os dias. Martha Medeiros

Cada um de nós…

Há uma verdade única : ninguém tem dúvida sobre si mesmo. Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Martha Medeiros

Uma verdade única…

Perder algumas batalhas é natural. Perder os documentos, banal. Perder o medo diante de graves desafios e seguir lutando pela vida, crucial. Martha Medeiros

Perder algumas batalhas…

Mas é fato, ando com preguiça de interpretar o mundo, de entender as pessoas, de procurar os sete erros. Cansei de filme de guerra, holocausto, tortura, exorcismo, crise existencial, sequestros, erro médico, suicídio, trapaça. Ando abençoando a alienação... Martha Medeiros

Mas é fato…

Meditação. Religião. Contato com a natureza. Viagens. Amigos. Solidão. Você decide por qual caminho irá dialogar com a sua dor, num enfrentamento que, mesmo que você não saia vitorioso, ao menos fortalecerá seu caráter. Quem não dialoga com sua dor psíquica, não a reconhece como a inimiga admirável que é, capaz de torná-lo um ser humano melhor.  Dialogando com a dor - Martha Medeiros

Meditação…

Overdose de realidade é a ruína do ser humano. Há que se ter uma janela, uma porta, uma escada para o imaginário, para o idílico - ou para o tormento, que seja. Ninguém é uma coisa só, ninguém é tão único, tão encerrado em si próprio, tão refém do que lhe foi ensinado. Desde cedo fica evidente que nosso potencial é múltiplo, que há um deus e um diabo morando no mesmo corpo. Martha Medeiros

Overdose de realidade…

Cuidarei do meu humor, dos meus cabelos, cuidarei para não perder a hora, cuidarei para não me apaixonar por outro, cuidarei para não te esquecer, vou me cuidar. Me cuidarei, meu amor, enquanto estiver longe dos teus olhos, nos momentos em que você não pode cuidar de mim. Martha Medeiros

Cuidarei do meu humor…

O tédio. A cada manhã, abrimos os jornais e é a mesma indecência política. Nas ruas, perdemos tempo com os mesmos engarrafamentos. Escutamos as mesmas queixas no local de trabalho. É sempre o mesmo, o mesmo. Como é bom quando algo nos surpreende.  Martha Medeiros

O tédio a cada manhã…

Depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e ai de quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo... Passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma...

Depois de 30…

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim. Martha Medeiros

Você ama aquele cafajeste…

Rir do nosso delírio de levar a ferro e fogo situações banais, de nossa insistência em querer causar uma boa impressão, de nosso comportarmos como se estivéssemos num tribunal. Qual o propósito de tamanho desgaste, se as coisas solucionam-se quase sempre por si mesmas? Martha Medeiros

Rir do nosso delírio…

Fazemos um dramalhão por pequenas coisas, expomos carências infantis, perdemos a compostura, fazemos confissões íntimas a estranhos – que meleca. Lá pelas tantas, um deles pergunta: porque as coisas não podem ser mais simples? Ah, é tudo que se quer. Foco, objetividade, ir direto ao ponto. Mas quem consegue? Duelos Verbais - Martha Medeiros

Muito drama…

Um exercício de desprendimento: desatar os nós que enlaçam atos e motivos. Fazer as coisas por impulso. Por quê? Porque as vezes é bom a gente mostrar pra si quem é que está no comando. Martha Medeiros

Desprendimento…

Há quem acredite que o amor é medicamento. Pelo contrário. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproxima, e caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a ideia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: “Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu.” Claro, o...

Há quem acredite…

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